Mercados Financeiros, Política Monetária

ECEC F – A Estrutura a Termo das Taxas de Juros no Brasil

 

“A estrutura a termo da taxa de juros (ETTJ) expressa a relação entre o yield to maturity (YTM) e o tempo de maturação do débito, mostrando, em geral, como o consumidor se comporta com relação ao risco e, dessa forma, como as taxas de juros são influenciadas pela formação de expectativas dos agentes econômicos. A ETTJ serve para previsão, já que as taxas de juros de longo prazo são uma média das expectativas futuras das taxas de juros de curto prazo mais um bônus de correção pelo risco.

A discussão sobre estrutura a termo no Brasil teve mais destaque após o Plano Real. Antes disso, a dívida pública era composta, em sua maioria, por títulos indexados aos preços, um cenário de hiperinflação enviesava a análise das taxas de juros. O controle do programa de inflação, através do programa de estabilização econômica, permitiu que a estrutura da curva a termo começasse a tomar forma. Após a implementação do regime de metas de inflação no Brasil em 1999, segundo estudo de Holland, Nunes e Silva (2011), verificou-se durante o período de 2000 a 2008 uma menor influencia da variação da taxa de juros de curto prazo na determinação das taxas de juros de longo prazo e choques surpresa ao longo da curva, culminando em uma nova ETTJ.

Atualmente, no país, A ETTJ é constituída a partir dos títulos pré-fixados, taxas dos contratos futuros de DI e taxas de Swap DI x Pre. Os títulos públicos são considerados sem risco de crédito, ou seja, não há incidência do fator de risco sobre as taxas e, portanto, não se faz necessário um prêmio de risco. Existe ainda no Brasil um conjunto de taxas de juros de títulos que são indexadas a moeda ou a um indicador de inflação (IPCA, por exemplo) devendo ser separados de acordo com seus indexadores. Os gráficos abaixo ilustram o comportamento das taxas de juros dos títulos prefixados e aqueles que são indexados pelo IPCA, respectivamente:

 ecec F 1

Fonte: http://www.anbima.com.br/est_termo/CZ.asp

ecec F 2

Fonte: http://www.anbima.com.br/est_termo/CZ.asp

Evidências empíricas sugerem que o mercado antecipa, ao menos parcialmente, as decisões de taxa de juros do Banco Central do Brasil (Bacen) e que choques não antecipados de política monetária são, de uma forma geral, capazes de afetar a estrutura a termo das taxas de juros. O Bacen possui papel essencial na determinação da política monetária do país: o controle da inflação por meio da taxa de juros nominal de curto prazo, a SELIC, é uma das medidas utilizadas que influencia a ETTJ. Deve também ser levada em conta a sua capacidade de influenciar as expectativas do mercado sobre a trajetória futura das taxas de juros, devido a credibilidade frente aos agentes econômicos.

 

 

Fontes:

http://www.anpec.org.br/revista/vol12/vol12n1p71_90.pdf

http://www.anpec.org.br/encontro/2012/inscricao/files_I/i3bd3bee860887fe548cd8a04ad63593ff.pdf

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-80502011000300003

http://www2.bmf.com.br/cimConteudo/W_ArtigosPeriodicos/conjuntura173.pdf

http://www.mbarros.com/documentos/upload/ETTJ_Monica_Barros.pdf

http://www.bcb.gov.br/pec/wps/port/wps238.pdf

http://tcc.bu.ufsc.br/Economia302869

 

25 comentários em “ECEC F – A Estrutura a Termo das Taxas de Juros no Brasil”

  1. As curvas de Estrutura a Termo de Taxa de Juros brasileiras atualmente seguem um padrão de certa forma diferenciado: tendo em vista a sinalização clara do Copom em manter a Selic meta em 11% a.a. – pois, para o conselho, este seria o ponto em que a inflação começaria a voltar para o centro da meta de um modo que não enxugasse tão fortemente o mercado de crédito nacional -, para os títulos pré-fixados observa-se uma tendência futura de estabilização / leve aumento para os próximos dois anos e meio, e posterior queda; no caso dos títulos de relação direta com o IPCA, o cenário é de uma estabilização, o que indica que a inflação atual pode até diminuir, mas espera-se que continue perto do teto da meta do Banco Central (que é de 6,5%) de maneira persistente.
    Como o texto da semana afirma, realmente tivemos maior capacidade de prever taxas de juros após, essencialmente, a implantação do Plano Real (em 1994) e do Regime de Metas de Inflação (em 1999). Isso, associado ao fortalecimento de instituições jurídicas nacionais – que vem ocorrendo nas últimas duas décadas -, mesmo com a atual situação em que se discute a capacidade plena do Bacen em deixar a inflação dentro da meta (e próximo ao centro, como é de se esperar de um regime de metas inflacionárias), faz com que o Brasil aos poucos esteja entrando no cenário mundial de bons lugares para se investir. Um indício de que estamos caminhando bem nessa direção é o fato do Brasil ter entrado (mesmo agora estando praticamente no limiar da saída) nos chamados “países com grau de investimento”, o que sinaliza internacionalmente que o Brasil tem potencial positivo para receber investimentos externos.
    Aliás, sobre grau de investimento, há um infográfico da UOL que explica um pouco melhor o assunto: http://economia.uol.com.br/financas-pessoais/guias-financeiros/entenda-o-que-e-grau-de-investimento.htm

  2. Achei interessante o tema desse post, pois apesar dessa estrutura a termo da taxa de juros ser muito importante, não é tão comum vermos manchetes que abordem esse tema (eu, pelo menos, nunca tinha visto). Vale ressaltar que a ETTJ representa a diferenciação do yeld to maturity de um MESMO título com diferentes maturidades (achei que isso não estava tão claro). Em sala de aula e no Mishkin, aprendemos três fatos estilizados para entender o que vai acontecer com a ETTJ, são eles: a ETTJ para diferentes maturidades se movimentam juntas no tempo; quando as taxas de curto prazo estão elevadas (baixas), é mais provável que as curvas de rendimento tenham uma inclinação positiva (negativa), ou seja, as taxas de longo prazo serão mais baixas (elevadas); e as curvas de rendimento quase sempre são positivamente inclinadas, predominando a ETTJ normal. A Teoria das Expectativas pressupõe que títulos de maturidade diferentes são substitutos perfeitos, deste modo, é capaz de explicar o primeiro e o segundo fatos estilizados, mas não explica o fato de predominar a ETTJ normal. A Teoria de Mercados Segmentados, por sua vez, explica o terceiro fato estilizado, por entender que os mercados de títulos com maturidades diferentes são independentes e pressupor que os agentes têm preferências específicas, portanto, não existe substituição para títulos de maturidades diferentes, entretanto, não explica o primeiro e o segundo fato. Já a Teoria de Preferência pela Liquidez, afirma que a taxa de juros de longo prazo é uma média das taxas esperadas de curto prazo mais uma prêmio pela liquidez. A hipótese chave desta teoria é que títulos com maturidades diferentes são substitutos, mas permite que os investidores prefiram um título a outro, ou seja, são tidos como substitutos, porém não substitutos perfeitos. E portanto, esta teoria, é capaz de explicar os três fatos estilizados.

  3. Muito bom o que a Amanda colocou, deu para entender de uma forma bem direta.
    A curva da ETTJ mostra como o mercado apreça o risco, geralmente, para emprestar dinheiro a um longo prazo, o investidor exige um juros maior, e a curva vai mostrar exatamente isso. Assim, a ETTJ serve também para o gerenciamento da dívida pública, pois ao emitir dívida o governo deve decidir sobre o vencimento e os custos desses novos títulos. Para algum vencimento em que já existem títulos sendo negociados no mercado, a ETTJ indica qual o custo de emissão da nova dívida para esse mesmo vencimento. Toda via, os títulos do governo não são negociados em todos os vencimentos possíveis, então é necessário que o governo saiba qual seria um preço “justo” para emitir sua dívida em novas datas de vencimento.

  4. O que a Amanda colocou realmente sintetiza o tema de maneira bem condizente. Só completando, no Brasil, assim como na maioria dos países industrializados, o Banco Central utiliza como instrumento de política monetária a taxa de juros de curto prazo. No entanto, são as taxas mais longas que interessam para a determinação da demanda agregada. Isto ocorre porque o custo de crédito dos agentes depende das taxas de diferentes prazos.

  5. Realmente muito boa a colocação da Amanda, pois resume o que vimos na sala de aula sobre este assunto, e também o que podemos encontrar no livro do Mishkin.
    Simplificando bem a explicação podemos pensar que uma taxa de juros, na teoria, significa o preço de que alguém abre mão de consumir o seu dinheiro no presente para fazê-lo no futuro, assim, é de se esperar que, quanto mais tempo o indivíduo passe longe do seu dinheiro, mais juros ele demande. Porém os operadores do sistema financeiro perceberam que nem sempre esta teoria é tão direta, e que podem existir desvios. Para isso existe uma ferramenta, expressa na forma de gráfico, que representa possíveis exceções à essa regra: a estrutura a termo das taxas de juros. Ela nada mais é do que, para cada prazo de vencimento, quanto o mercado demanda de juros, conforme observamos nas figuras acima, no post. Vale ressaltar também, assim como já citado no post, que as taxas de longo prazo são mais difíceis de “prever” , sendo a ETTJ uma ferramenta de auxílio nesse caso.

  6. Quanto á ETTJ livre de risco, observamos que ele deve ser formada pelos dados de mercado de títulos considerados isentos de riscos de crédito e liquidez. Ao longo do tempo, a ETTJ pode variar de diferentes formas devido aos choques diferenciados sobre as taxas de juros relacionadas aos diferentes vencimentos. A variabilidade temporal da ETTJ submete os instrumentos de renda fixa ao risco de mercado.
    A ETTJ não é diretamente observável e necessita que seja estimada a partir de cotações de mercado para títulos de renda fixa ou instrumentos financeiros derivativos, disponíveis para um número finito de vencimentos. Tomando este conjunto de dados, pode-se construir uma curva/função que se aproxime dos dados observados.

    Fontes:

    Clique para acessar o 1artigo_ETTJ_CORIS_14042011.pdf

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-80502012000200003

  7. Um detalhe interessante que o post da turma da Economia colocou é sobre a formação da curva da ETTJ ainda ser díficil de se estimar no Brasil, principalmente pelo baixo volume de negociação de títulos de prazos maiores. Isso pode ser explicado, em parte, pelos maiores riscos e incertezas da economia brasileira quando comparada com a norte-americana, por exemplo. Dessa forma, os títulos de longo prazo com maior volume de negociação no Brasil são aqueles indexados à inflação, como as NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B), que pagam uma taxa de juros pré-fixada mais a variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do período.
    Comprando títulos indexados à inflação não há risco de, no momento do recebimento, obter rendimento real negativo, ou seja, de que a inflação no futuro seja maior que a taxa de juros paga pelo título.

  8. A estrutura a termo da taxa de juros (ETTJ) é a função que representa a relação entre o YTM e o prazo até o vencimento. Em geral, a função ETTJ possui quase sempre uma forma normal, isto é, os juros aumentam com o prazo. A ETTJ ter um formato normal é o terceiro fato estilizado, como a Amanda disse, que é explicado pela teoria dos mercados segmentados e pela teoria da preferência pela liquidez. Entretanto, não é sempre que a ETTJ possui um formato normal. A função em questão também pode ter uma curva invertida, isto é, os juros para prazos mais longos estão abaixo daqueles para vencimentos curtos. Este formato da ETTJ reflete a expectativa do mercado de queda nas taxas de juros, o que é coerente com o momento em que as taxas de juros do Brasil se encontravam em patamar bastante elevado. Além disso, a estrutura a termo da taxa de juros também pode ser plana, o que significa que a expectativa do mercado é de que as taxas de juros de curto e longo prazo permaneçam a mesma.

  9. Encontrei esse trabalho que analisa os movimentos na ETTJ no Brasil a partir de informações sobre o objetivo e a estratégia das políticas monetárias,após a implantação do regime de metas de inflação no Brasil. Achei interessante porque ele também apresenta como é a resposta da estrutura a termo em alguns países, como EUA , Alemanha, Suécia.

    Clique para acessar o Sinalizacao.pdf

  10. É interessante notar no post da semana, que os títulos prefixados de longo prazo no Brasil possuem menores taxas de juros se comparado aos de curto prazo, e as expectativas da inflação são maiores longo prazo(Analisando os gráficos apresentados), dessa forma, podemos concluir que a taxa de juros real dos títulos é maior hoje do que no longo prazo, uma vez que a taxa de juros é maior atualmente e a inflação é menor.
    Um fato interessante no Brasil sobre os juros no Brasil, é que o BNDES subsidia os empréstimos as empresas com prazo de vencimento de longo prazo com taxas de juros baixíssimas (http://exame.abril.com.br/economia/noticias/custo-dos-subsidios-do-tesouro-ao-bndes-soma-r-79-7-bilhões), e se pilotássemos um gráfico a esse respeito, iríamos notar que o custo de tomar um empréstimo no Brasil seria menor no longo prazo.

  11. Para mim a ETTJ ainda é algo um pouco complexo, logo essas demonstrações empíricas contribuíram par ao meu entendimento do assunto. Não sei se estou correto, mas pesquisando, após ler o post, encontrei que a modelagem da ETTJ busca a estimação de componentes , tipicamente aditivos, responsáveis por características bem definidas das curvas de juros. Mas encontrei isso em estudos de exemplos americanos, colocando isso no assunto do post, no caso brasileiro, podemos perceber a influência das taxas de juros de pré-fixados e do IPCA, por exemplo, que acaba afetando as taxas de juros de uma maneira curiosa, o que eu não tinha conhecimento.

    Fonte: http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso/anais/4CCF/20101129160035.pdf

  12. O estudo feito por Samer Shousha mostra que existe uma relação muito próxima entre variáveis macroeconômicas e a estrutura a termo da taxa de juros no Brasil, e me fez entender um pouco melhor a importância da ETTJ.
    A dinâmica da curva de juros mostrou-se intimamente ligada ao ambiente macroeconômico (tanto pelos efeito da política monetária quanto das crises externas),

    Clique para acessar o rev3011.pdf

  13. Segundo o artigo abaixo, a estrutura a termo das taxas de juros (ETTJ) analisa o cálculo do valor de mercado de uma carteira de títulos. A ETTJ no Brasil se constitui através de instrumentos financeiros isentos de risco de crédito como as taxas dos contratos futuros de DI, e das LTN de prazos distintos por exemplo.
    Ela calcula o que o mercado analisa das taxas de juros para o futuro de acordo com as condições atuais da economia e do mercado, ou seja, define variáveis financeiras às suas maturidades.

    Fonte:
    http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/CAP/article/viewFile/1558/1023

  14. Dado o que estudamos em aula e em nosso livro base, Mishkin, achei interessante ressaltar e complementar algumas coisas que foram comentadas no post dessa semana.
    – A teoria abordada atualmente para análise da ETTJ, como bem dito no post, é a que considera “as taxas de juros de longo prazo são uma média das expectativas futuras das taxas de juros de curto prazo mais um bônus de correção pelo risco”, em outras palavras podemos dizer que as taxas de maturidade de prazos mais longos são obtidas pela expectativa futura das taxas de maturidade de curto prazo mais o risco de reter tais títulos. Ou seja, é a Teoria de Preferência pela Liquidez, que parte da hipótese de que há substitubilidade entre os títulos de maturidades diferentes, mas há também uma preferência por maturidades mais curtas. Sendo essa teoria uma conexão entre a Teoria das Expectativas e a Teoria de Segmentação de Mercados.
    – Os gráficos colocados no post demonstram bem o fato estilizado número três (visto em nossa disciplina de Economia Monetária), este fato relata que se olharmos para os títulos de maturidades diferentes do mesmo emissor costumamos ver a curva normal, ou seja, em geral, predomina a ETTJ normal.
    – Encontrei um trabalho interessante (http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/revista/rev3011.pdf) que observa a estrutura a termo da taxa de juros no Brasil de 1999 a 2005, uma coisa importante em sua conclusão foi que curva de juros é ligada ao ambiente macroeconômico, sendo que uma análise somente da curva, sem olharmos para o que acontece no país e no restante do mundo, seria uma análise incompleta.
    Vale ressaltar também que o mercado de crédito brasileiro de longo prazo ainda não é tão forte e consolidado (ainda mais se comparado com os EUA).

  15. Tanto a macroeconomia quanto finanças estudam os fatores determinantes por movimentos na estrutura a termo da taxa de juros, já que esta é muito utilizada como indicador da condução da política monetária, da atividade econômica futura e do comportamento futuro da inflação. “Descreve a relação entre as taxas de juros de curto prazo e de longo prazo”. Segundo estudos feitos para o Brasil, a estrutura a termo fica menos inclinada com choques de política monetária (Sekkel & Alves, 2005).
    Existe uma importante teoria sobre a estrutura a termo das taxas de juros, a Hipótese das Expectativas (HE), que afirma que “uma taxa de juros à vista de longo prazo é a média de longo prazo das expectativas das futuras taxas à vista de curto prazo mais um ‘prêmio pelo prazo’ (term premium) invariante no tempo”. “Se HE vale, se o prêmio pelo prazo é constante, é fácil entender a relação entre as expectativas das futuras taxas e as taxas correntes”. Sabendo disso, existem alguns estudos sobre a HE para o caso Brasileiro, embora que ainda sejam muito poucos. Em um deles, conclui-se que as evidências empíricas são parcialmente favoráveis à HE com dados brasileiros.

    FONTES:

    Clique para acessar o a03v15n3.pdf

    Clique para acessar o a10v57n4.pdf

    Clique para acessar o 1132.pdf

  16. Fazendo um comparativo mundial, percebemos que o Brasil mantém-se no topo do ranking de países com maiores juros reais do mundo, além de notarmos ainda que os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) ocupam as quatro primeiras posições no ranking – podemos notar pelo gráfico disponível no site (http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2014/02/26/com-alta-da-selic-brasil-mantem-maior-taxa-real-de-juros-do-mundo.htm) . Entretanto, a atual situação que o Brasil vive ( principalmente por causa das eleições) faz com que fique mais difícil avaliar se vale a pena ou não investir aqui. No entanto, alguns pontos devem ser levantados ao saber que US$ 700 mi deixaram o Brasil este ano, como o elevado “custo Brasil”, um sistema tributário, se podemos dizer, extremamente burocrático, baixa taxa de investimentos, e entre outros.
    Como já foi citado, o Plano Real trouxe uma maior previsão das taxas de juros. Mas podemos esperar que essas taxas continuem “caindo” ao longo do tempo? Para André Perfeito, colunista da Folha, sim, pois não há espaço para aumento das taxas de juros pois “já pagamos mais que o dobro de juros que o segundo colocado, e subir mais s juros não vai resolver propriamente a inflação e iria apenas apreciar o Real”. Para ele, ainda,”a margem de manobra é pequena no campo macro,2015 será o ano da microeconomia. Esqueça das mudanças drásticas”.

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/07/1490847-nao-ha-espaco-para-reducao-da-taxa-de-juros-no-curto-prazo.shtml

  17. A partir das leituras sobre esse tema, pude perceber que diversas reportagens abordam a dificuldade de se estimar a curva da Estrutura a termo da taxa de juros no Brasil. Os EUA, por serem uma economia muito desenvolvida e relativamente com um baixo risco de dissolução, passam muita credibilidade para os investidores, fazendo com que esses invistam tanto em títulos de curto prazo, quanto em títulos de Longo. Já no Brasil, não podemos observar o mesmo cenário de credibilidade. A economia brasileira ainda é muito incerta sobre a ótica dos investidores, fazendo com que haja mais investimento em títulos de curto prazo, que possuem um menor risco, uma vez que esses investidores consideram os títulos de longo prazo muito arriscados, optando por investir em títulos dessa maturidade apenas quando indexado ao IPCA. Achei muito interessante essa abordagem sobre a formação da ETTJ no Brasil, uma vez que muitas vezes estudamos as teorias sobre a ótima de economias grandes e muito desenvolvidas, como os EUA, mas nem sempre trazemos isso para a nossa realidade!

    1. Achei o post muito interessante, bem como os comentários aqui presentes. Assim como o Gustavo, para mim a Estrutura a Termo da Taxa de Juros não era algo muito claro. É fundamental que tenhamos alguns dados que possibilitem a previsão de cenários econômicos futuros, para que possamos agir de maneira a atenuar grandes danos. Achei interessante o fato de que a ETTJ também é utilizada para o controle das dividas publicas e o fato de ter maior destaque após o Plano Real

  18. Achei o post muito interessante, bem como os comentários aqui presentes. Assim como o Gustavo, para mim a Estrutura a Termo da Taxa de Juros não era algo muito claro. É fundamental que tenhamos alguns dados que possibilitem a previsão de cenários econômicos futuros, para que possamos agir de maneira a atenuar grandes danos. Achei interessante o fato de que a ETTJ também é utilizada para o controle das dividas publicas e o fato de ter maior destaque após o Plano Real.

  19. Como foi bem explicado a estrutura da taxa de juros no Brasil nos posts acima e em aula, podemos agora analisar o movimento desta, dado o ambiente atual regado a tensões e expectativas de alta inflação nos próximos períodos.
    Sendo assim, com esta expectativa, o retorno esperado dos ativos reais tendem a ser mais elevados no futuro, o que diminui o retorno atual dos ativos financeiros causando assim um deslocamento para a esquerda na curva de demanda por títulos (in = ir + πe, efeito Fisher),os agentes nesse caso preferem ativos reais aos ativos financeiros (W = M + B). Quase que conseguinte a curva de oferta de títulos é deslocada para a direita já que a expectativa de alta inflação acarreta em uma queda dos custos de empréstimo, fazendo assim que seja emitido um maior numero de títulos a qualquer novo preço. Desta maneira nada pode ser afirmado em relação a taxa de juros real em um primeiro momento, pois um novo equilíbrio será estabelecido, mas podemos afirmar que o preço dos títulos vai cair o que consequentemente acarreta em um aumento na taxa de juros nominal.

  20. Gostei bastante do assunto abordado nesta semana, porque assim como outras pessoas citaram aqui, é muito raro vermos notícias abordando a Estrutura a Termo da Taxa de Juros (ETTJ), mesmo ela sendo importante para a realização de diversas análises, na realidade eu não tinha conseguido entender com clareza o que exatamente era essa taxa.
    Com este post e o que vimos em sala de aula, sabemos existem três fatos estilizados para entender o que vai acontecer com a ETTJ.
    Ficou mais claro e fácil de entender que a ETTJ serve também para o gerenciamento da dívida pública, porque quando o governo emite um título da dívida ele também é o responsável por decidir sobre como serão os custos e o vencimento destes títulos. Parabéns ao grupo desta semana pelo post!

  21. Em comum acordo com todos, achei esse tema bastante relevante e interessante. O conteúdo do post juntamente com todos os comentários me fizeram ver quão importante é a ETTJ – uma taxa que era desconhecida por mim. O que achei mais interessante é o fato dela conseguir medir (ou melhor, prever) a demanda de juros pelo mercado em diferentes prazos. Afinal, a maioria das tomadas de decisões econômicas levam em consideração o período de tempo em que ela será realizada. E ressaltando o que a Mirian disse, as taxas mais longas são as principais para se determinar a demanda agregada.
    Tema muito válido!

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